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Já viu um cão que dá de cara com um osso de medula?
Trata-se, como diz Platão no Livro II da República, do animal mais filosófico do mundo.
Se viu, deve ter notado com que devoção ele olha esse osso, com que cuidado o guarda, com que fervor o segura, com que prudência o rói, com que afeição o quebra, com que diligência o chupa. O que o induz a isso? Que espera do seu esforço? Que bem pretende?
Nada mais do que um pouco de tutano. É verdade que esse pouco é mais delicioso do que muito de todos os outros...RABELAIS, François. Gargantua.
Prólogo do autor
Construir-se, tomar forma, exige tutano... e ele não está só nos livros. Não basta lamber palavras. É preciso romper a casca delas e ir à massa do mundo. Depois ir além, até os ossos, até a estrutura lá no fundo dessa massa. Roer a linguagem das próprias coisas que estão aí no mundo objetivo e concreto. Mastigar, romper essa linguagem, até chegar à medula, e engolir o tutano das coisas, pedaço por pedaço. Finalmente, ruminar tudo isso... como os touros.
Para fazer o caminho e chegar ao tutano das coisas, é preciso estar bem atento. Estão aí ao nosso redor. São coisas materiais (ou resistentes em geral) e os contextos formados por elas. Coisas que incluem também os seus nomes, imagens, movimentos e sons.
Todas essas "coisas" são objetos de cena, pedaços do cenário, dos quais vamos nos apropriando para nossa construção de personagem — e essa construção inclui os personagens sociais e coletivos, que fazem parte do nosso e dos quais nós também fazemos parte.
Nossa existência no mundo não passa, ao fim das contas, de teatro. Agarremos então tais pedaços com tenacidade, nos nossos caninos... porque são tudo o que temos. São o mundo objetivo que atravessamos no diálogo com o resto do "elenco", no nosso drama da vida — caminham junto conosco o público, a crítica... e o staff de fantasmas históricos que sussurram nossas "deixas" nas cochias dos livros.
João Borba
O que é um personagem no teatro da vida? — Só uma vontade resultante. Personalizada porque resultante de um jogo de vontades específico. Um jogo tem seu campo de padrões, tem suas regras (seu programa). Mas um personagem vivo tem também a sua história, seu sentido que vai se construindo, conforme as microvontades das quais é vontade resultante vão reformulando suas regras e padrões, se reprogramando no conjunto, redirecionando o sentido... suas programações não se fixam, são líquidas porque é sempre capaz de romper um programa. Rompe o seu próprio, e se altera. Por isso é que é vivo. Agressivo? Como interage com os outros, ao se alterar os altera, ao alterá-los se altera. Isto é sexy.
A autoconstrução é lúdica, ultrajante, lúbrica e zangada.
Anomallly Extripper
(jovem desconhecida da Net)
O avatar, pelo menos, era feminino . O post original foi apagado. Perguntei antes se podia usar.
A resposta foi Free use & abuse 4u '-) — então copiei. A linguagem original combinava inglês com palavras
de outras línguas e termos da Net. Quase um código. A tradução pode não estar precisa
...especialmente a da última palavra, "zingmadbad".
Bem vindo ao site do Projeto Quem!
O Projeto Quem é algo maior que um conjunto de espaços na internet. É um projeto de vida pessoal, que se coloca ao mesmo tempo como um experimento comigo mesmo, e como uma proposta para outros. Destarte oferece a público uma experiência pessoal de autoconstrução filosófica, na expectativa de que possam tirar proveito dela, individualmente ou coletivamente. Este site de mesmo nome do projeto ainda é o útero, e de certo modo o coração desse projeto...
João Borba - Janeiro de 2013
Basicamente, é o próprio processo de formação de um estudioso de filosofia, que vai sendo transformado em enciclopédia e exposto na internet...
...com seus sentimentos e posições em relação aos assuntos estudados, suas preocupações didáticas enquanto professor, procurando ao mesmo tempo educar e não manipular ou meramente "fazer a cabeça" do leitor (mas também com seu reconhecimento de que no fundo, apesar dos esforços de educadores, essa neutralidade não existe, de modo que iludir quanto a ela pode ser ainda mais enganador — e com sua decorrente decisão de assumir então, explícita e eticamente, suas posições e sua responsabilidade pelos posicionamentos assumidos), expondo além disso e no mesmo "bolo", no mesmo movimento, seus diálogos intelectuais com amigos, colegas e conhecidos, e até mesmo seus rascunhos...
Leia mais sobre a proposta do Projeto Quem...
Clipe inaugural da série Sinapses do Projeto Quem (SPQ), dedicada a estudos, provocações e minicursos em filosofia na internet. O clipe foi criado já como uma primeira provocação, para instigar reflexões de interesse filosófico. É também, ao mesmo tempo, videoclipe de minha composição "O carinhoso lobisomem" (trilha sonora da série) e, dividido em duas partes, será utilizado como vinheta de abertura e de encerramento de cada vídeo das Sinapses do Projeto Quem.
SPQ0002_Casulo de Caramujo(clique neste link para ver o vídeo no Vimeo)
Este vídeo é uma provocação para a reflexão. Trata-se de um curto desenho animado com o tema "sublimação", pensado a partir de Freud, Lacan e dos anarquistas Max Stirner, Otto Gross e Antonin Artaud. A trilha sonora (também de minha autoria) é a versão instrumental da música que registrei com o título Carinhoso Lobisomem.