Os grupos revolucionários que fizeram a Revolução Russa, especialmente os leninistas (bolcheviques), colocavam no centro da atenção o operariado fabril, como se esses operários fossem a grande classe capaz de levar a revolução adiante, muito mais do que os camponeses ou grupos progressistas da pequena burguesia.
Mais tarde surgiu na China um líder comunista que pensava de modo diferente, dando origem a toda uma linha diferente de posicionamento dentro do marxismo político: o maoísmo chinês, seguindo as ideias de Mao-tsé Tung (1883-1976), inverteu as coisas colocando o camponês em primeiro plano, na aliança com o operariado.
Além disso, o maoísmo é voluntarista, o que significa que considera menos as condições objetivas econômicas ou históricas que podem facilitar ou dificultar um processo revolucionário, e considera mais a vontade revolucionária dos participantes. Portanto, para os maoístas, a revolução depende acima de tudo da difusão de ideias revolucionárias que levem as massas a quererem a transformação.
O partido revolucionário precisa, então, estar bem sintonizado com a vontade popular, e a revolução acontecerá por meio de atos violentos, necessários para a derrubada do regime político anterior.
