de Secondat, Charles-Louis

Montesquieu

(Montesquieu)

Montesquieu

(1689 - 1755)

TÓPICOS DE VIDA E OBRA DE MONTESQUIEU

Pesquisa & Texto da autoria de João Ribeiro de A. Borba

Primeira revisão (formal) em Jan/2021

 

Cronologia da vida e da produção filosófica de Montesquieu

1689 - Montesquieu nasceu no castelo de La Brède, perto de Bordeaux, França.

1696 - Montesquieu ficou órfão de mãe.

1700 - 1705 O pai o colocou no Colégio de Juilly e durante este período escreveu todo um caderno intitulado História romana.

1705 - 1708 - Estudou Direito na Universidade de Bordeaux, formando-se como Bacharel e Licenciado, e sendo admitido na Ordem dos Advogados.

1708 - 1713 - Instalado em Paris, dedicou-se aos esrtudos (com uma interrupção pelo falecimento de seu pai).

1715 - Casou-se com uma moça protestante, e o casamento estabeleceu relações que consolidaram sua posição como homem de influência, e tornou-se presidente do Parlamento de Bordeaux.

1716 - Herdou o título de Barão de Montesquieue foi eleito membro da Academia de de Bordeaux.

1721 - Montesquieu publicou as Cartas persas, que são seu primeiro grande sucesso, de forte impacto sobre o público leitor.

1725 - Montesquieu publicou Templo de Gnido

1726 - Montesquieu deixou seu cargo no Parlamento de Bordeaux.

1728 - Montesquieu foi eleito para a Academia Francesa e começou a circular nos meios intelectuais, sendo recebido na Corte. Começou em seguida um período de viagens pela Europa.

1731 - Terminou seu período de viajens com cadernos cheios de observações que ia fazendo acerca das coisas que presenciava.

1731 - 1733 - Passou esses três anos preparando textos que já iniciavam os assuntos a serem tratados mais tarde em O espírito das Leis (realizou por exemplo uma análise da Constituição da Inglaterra que mais tarde serviria como material útil nesta direção). Durante esse período, preocupado com as relações diplomáticas entre Espanha e França, escreveu também Considerações sobre as riquezas de Espanha, e também Reflexões sobre a monarquia universal na Europa

1733 - 1734 - Realizou as pesquisas e toda a preparação para escrever as Considerações sobre as causas da grandeza e decadência dos romanos. E publicou esta obra.

1748 - Montesquieu publicou, em outubro, O espírito das Leis, que vinha sendo preparado desde 1733, e que tinha terminado de escrever em 1747. A produção dessa obra exigiu um trabalho intenso e quase incessante (em média 8 horas por dia) e envolveu muitas dificuldades, a começar por problemas de visão que Montesquieu aprsentava, dificultando a leitura. As críticas vieram quase que imediatamente. Primeiro dos jesuítas, através de seu órgão Mémoires de Trévoux. Depois críticas mais virulentas, de um financista (Claude Dupin) e dos religiosos jansenistas, em uma publicação chamada Nouvelles ecclésiastiques, comparando Montesquieu aos deístas e ao filósofo Espinosa

1750 - Escreveu a Defesa do Espírito das Leis, defendendo a obra contra seus críticos por meio de uma solidíssima argumentação. Mesmo assim, nem os jesuítas nem os jansenistas se dobraram aos argumentos, as críticas retornaram ainda mais intensas, levando o filósofo Voltaire, um dos mais influentes iluministas da época, a entrar no debate em defesa da obra de Montesquieu. O apoio de Voltaire atrái novos aliados, e são publicados, por diferentes autores, títulos como Apologia ao Espírito das Leis, e outros similares. O debate, e a incessante publicação de textos polemizando a favor ou contra O espírito das Leis de Montesquieu, prosseguem até 1754, com a Faculdade de Teologia da Universidade de Paris fazendo todo o possível para localizar e demonstrar proposições heréticas e inadmissíveis na obra. Já em 1751, aliás, a Santa Sé, que era mais agressiva e menos argumentativa, havia colocado O espírito das Leis no Índex das livros proibidos, ao lado de obras de Montaigne e Descartes.

1753 - Montesquieu se tornou presidente da Academia Frsncesa. No mesmo ano atuava como membro da Academia do rei Estanislau Leszczynski, em Nanci. Também foi neste ano que ele escreveu sua última obra publicada ainda em vida: Lisímaco (uma narrativa política). E trabalhava ao mesmo tempo em duas obras que nunca terminou: Ensaio sobre o gosto e Memória sobre a Constituição.

1755 - Montesquieu morreu doente em Paris, no dia 10 de fevereiro.

 

 Bibliografia utilizada especificamente nesta cronologia

 

  • AUTOR NÃO ESPECIFICADO. Os pensadores: História das grandes ideias do mundo ocidental. São Paulo: Abril Cultural, 1972. Capítulo 29: Montesquieu.
  • HUISMAN, Denis (Dir.). Dicionário dos filósofos. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

 

 

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